Para melhor resultado da análise foliar, é recomendável que concomitantemente à retirada das amostras nas plantas problemáticas, sejam também amostradas plantas normais, que poderão ser utilizadas como padrão. No caso de as amostragens serem realizadas com o objetivo de predeterminar o comportamento da planta na colheita (amostras para predição ou para prognóstico) ou a necessidade de tratamento corretivo com fertilizante ou de acompanhar o estado nutricional das plantas (amostras para monitoramento), as amostras devem ser coletadas em partese estádio fisiológico de planta definidos de acordo com o padrão tabelado, normalmente estabelecido pela pesquisa.
É a fase que mais influencia o resultado da análise foliar, sendo importante excluir os fatores bióticos e abióticos que possam estar causando danos às planta. Os sintomas observados nas plantas problemas de cada amostra composta obtida na lavoura, devem ser caracterizados, de preferência, por comparação com as plantas normais crescendo na mesma área. As amostras devem ser coletadas de plantas normais e plantas problemas que estejam em mesmo estádio fisiológico.
Toda amostra deve ser identificada e caracterizada. Na coleta de amostras quatro perguntas devem ser respondidas: Quando, qual órgão, quanto e como amostrar. Essas perguntas precisam ser respondidas, especificamente para cada cultura, considerando o padrão com o qual os resultados das análises serão comparados.
As plantas devem estar em específico estádio fisiológico, geralmente no início do estádio reprodutivo, obedecendo-se o critério adotado pelo padrão de comparação. Para contornar os efeitos da idade da planta sobre a concentração dos nutrientes no tecido, é necessário que a amostra da planta a ser analisada seja retirada com a mesma idade fisiológica na qual foram determinadas as concentrações críticas nos padrões.
Ao se estabelecer que órgão da planta deverá ser amostrado, os pesquisadores consideram em qual parte a concentração do nutriente melhor relaciona-se a adequada performance da planta. Geralmente são amostradas as folhas que melhor expressam o estado nutricional da planta, deve-se seguir o padrão.
Na coleta das amostras, não é recomendável amostrar partes de plantas que tenham passado por estresse climático ou nutricional, que estejam crescendo em áreas pedregosas, salinas, inundadas, que tenham partes danificadas por agentes físicos ou patológicos. Deve-se evitar plantas cobertas de poeira ou defensivos, localizadas no interior da copa da planta e as plantas das fileiras situadas nas bordas do terreno ou sob a influência de árvores. Também não deve ser coletados tecidos mortos (folhas secas).
Em área uniforme amostra a parte específica (geralmente a folha) de diversas plantas, em torno de 30 amostras simples, formando uma amostra composta.
Em analogia à amostragem de solos, as amostras de folhas podem ser retiradas das plantas, percorrendo-se a lavoura em ziguezague.
Recomendação para Amostragem de algumas espécies:
Algodoeiro Herbáceo
Cultura | Época | Tipo de folha | No.de folhas/ha |
Início do florescimento | Limbo de folhas adjacentes às "maças" | 30 | |
Arbóreo | Início do florescimento | Folhas recém-maduras | 30 |
Arroz | Meio do perfilhamento | Folha Y (posição ocupada em relação à folha mais nova desenrolada acima) | 50 |
Bananeira | Florescimento | Folha III (abaixo e opostas às flores); porção mediana (10cm largura) clorofilada | -- |
Batatinha | Meio do ciclo, 35-45 dias após emergência | Pecíolo da 4ª folha a partir da ponta | 30 |
Cafeeiro | Primavera-verão | 3º e 4º pares de folhas, a partir da ponta, ramos a meia-altura e produtivos | 30 |
Cana-de-açúcar | Quatro meses após brotação | Folha + 3; folha +1 = com primeira lígula (= região de inserção da bainha do colmo) Terço mediano, excluída a nervura principal | 20-30 por talhão uniforme |
Cenoura | Meio do ciclo | Nervura principal da folha recém-madura | 40 |
Citros | Verão | Folhas do ciclo da primavera de ramos frutíferos, frutos com 2-4 cm de diâmetro, 3ª ou 4ª folha a partir do fruto | 20 |
Eucalipto | Verão-outono | Recém-maduras, ramos primários | 18 |
Feijões | Início da floração | Primeira folha amadurecida a partir da ponta do ramo | 30 |
Figo | Primavera (florescimento) | Folhas mais novas totalmente expandidas, ao sol, ramos sem frutos | 40 |
Goiabeira | Um mês depois de terminar o crescimento do ramos | 4º par, ramos terminais sem frutos | 30 |
Gramíneas | Primavera-verão | Recém-maduras ou toda a parte aérea | 30 |
Leguminosas | Primavera-verão | Florescimento | 30 |
Macieira | Primavera-verão | Inteiras, com pecíolos, na parte mediana de ramos do ano | 100 folhas de 25 plantas |
Mamoeiro | Florescimento | Folha "F"- na axila coma primeira flor completamente expandida | 18 |
Mandioca | 3-4 meses de idade | Primeira folha recém-madura | 30 |
Milho | Aparecimento da inflorescência feminina (cabelo) | Folha oposta e abaixo da espiga | 30 |
Pessegueiro | Verão | Recém-amadurecidas, do crescimento do ano | 100 folhas de 25 plantas |
Pinus | Verão-outono | Recém-maduras, primárias | 18 |
Repolho | Formação da cabeça | Nervura principal da folha envolvente | 40 |
Seringueira | Verão-outono | 3-4 folhas recém maduras, a sombra, na base do terço superior da copa | 6 |
Soja | Fim do florescimento | 1ª folha amadurecida a partir da ponta do ramo, pecíolo excluído | 30 |
Tomateiro | Florescimento pleno ou primeiro fruto maduro | 4ª folha a partir da ponta | 40 |
Trigo | Início do florescimento | 1ª a 4ª folhas a contar da ponta | 30 |
Videira | Fim do florescimento | Na base do primeiro cacho | 30-60 |
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