Alguns cuidados devem ser tomados para que a amostragem de solo seja realizada corretamente:
A análise de solo deve ser realizada em intervalos que podem variar de um a quatro anos, dependendo da intensidade da adubação e do número de culturas anuais consecutivas, recomendando-se maior frequência de amostragem para glebas que recebem maiores aplicações de corretivos e adubos.
A coleta de amostras pode realizada com instrumentos mais rústicos como enxadão, pá reta ou, preferivelmente, com trado. Os trados tornam a operação mais fácil e rápida. Além disso, permite a retirada das amostras na profundidade correta e das mesmas quantidades de solo de todos os pontos amostrados. Todos os recipientes utilizados na amostragem devem estar limpos. As embalagens para amostragem são cedidas pelo Labceler.
De cada gleba devem ser retiradas diversas sub-amostras para obter-se uma média da área amostrada.
Devem ser retirados de 20 a 30 subpontos de amostragem em cada gleba homogênea. Estas amostras devem ser obtidas fazendo-se o caminhamento em zigue e zague, sendo retiradas entre 0 e 20 cm de profundidade, devendo representar uma porção uniforme nessa profundidade. Em cada ponto de amostragem se necessário os detritos ou restos culturais devem ser afastados. É aconselhável evitar pontos perto de cupinzeiros, formigueiros, casas, estradas, currais, estrume, depósitos de adubo ou calcário ou manchas de solo. Cada subamostra deve ser transferida para um balde ou um recipiente limpo. A amostragem deve ser repetida da mesma forma em cada um dos pontos de retirada de amostras simples. Ao final da coleta das subamostras, quebrar os torrões de terra dentro do balde, retirar pedras, gravetos ou qualquer resíduo ali presente. Estas subamostras, depois de misturadas e homogeneizadas, darão origem a uma amostra composta, que deve conter aproximadamente 300 a 500 g de solo. Esta amostra deve ser acondicionada em embalagem plástica, fechada, identificada, e deve ser encaminhado o mais rápido possível para o laboratório para o processamento.
Para as plantas perenes com adubação localizada, como café e frutíferas, a amostragem deve ser feita no local de aplicação dos adubos. Contudo, pode ser útil amostrar, também, as partes do solo que não foram adubadas, embora elas não sejam contempladas diretamente para fins de adubação.
Em áreas desconhecidas, é recomendável retirar, também, amostras compostas em maior profundidade, de 40 cm a 60 cm, para análises dos teores de argila e demais características de fertilidade. Essas amostras podem ajudar a identificar o tipo de solo e verificar se a acidez em profundidade é alta, o que pode limitar a produtividade, pela restrição do crescimento de raízes de plantas mais suscetíveis à acidez.
As amostras devem ser acompanhadas com a ficha de entrada das amostras, preenchida com dados referentes a cada uma das glebas amostradas. Cada amostra deve ser identificada da mesma maneira na embalagem e na ficha de entrada no laboratório. Para isso, deve se identificar cada amostra de solo com o nome do proprietário, o nome da propriedade, a identificação da gleba amostrada e a data da coleta. Anotar no mapa da propriedade o local de onde foi retirada cada amostra com o número dela. Essas anotações são fundamentais para posterior identificação dos locais para a aplicação de calcário e fertilizante.